Após décadas de debates, a Itália finalmente deu sinal verde para a construção da ponte suspensa mais longa do mundo, que vai ligar a ilha da Sicília ao continente, cruzando o Estreito de Messina.
Com 3,7 km de extensão, o projeto — discutido desde os anos 1960 — ganhou força no governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, que destinou 13,5 bilhões de euros para a obra e infraestrutura ao redor. A previsão é que a ponte fique pronta em 2032.
Apesar do entusiasmo do governo, o projeto enfrenta críticas por riscos ambientais, possível atuação da máfia em contratos e o fato de a região ser uma zona sísmica. Ambientalistas chegaram a acionar a União Europeia, alertando para os impactos na natureza local.
Mesmo assim, há quem defenda a construção como essencial para impulsionar a economia do sul da Itália, reduzindo a dependência dos lentos ferries que hoje fazem a travessia.
O consórcio internacional Eurolink, liderado pela italiana Webuild (que participa de projetos como o NEOM na Arábia Saudita), será responsável pela construção. A expectativa é de que a obra gere mais de 100 mil empregos.
Agora, o próximo passo é a validação do projeto pelo tribunal de contas italiano.
No texto, o Copom destacou preocupação com as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e avaliou que o ambiente externo está mais adverso. A instabilidade gerada pela política econômica americana, especialmente nas áreas comercial e fiscal, tem exigido atenção redobrada de economias emergentes como a brasileira.
Apesar de reconhecer que a atividade econômica vem demonstrando um ritmo mais moderado, o Banco Central afirmou que o mercado de trabalho ainda segue aquecido. Em meio a esse cenário complexo, o comitê avaliou que uma política monetária mais restritiva precisa ser mantida por um período prolongado para garantir o controle da inflação.
A taxa Selic em 15% é o maior patamar registrado desde julho de 2006, quando a taxa atingiu 15,25%. O Copom indicou que, caso o cenário previsto se mantenha, a tendência é seguir com esse nível de juros nas próximas reuniões para avaliar os impactos acumulados das medidas anteriores.
O objetivo do Banco Central com a taxa básica de juros é conter a inflação e garantir que ela fique dentro da meta estabelecida. Desde o início de 2025, o sistema de metas passou a ser contínuo, com o centro da meta em 3% e uma margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Com as projeções de inflação ainda acima desse intervalo, a autoridade monetária segue vigilante. Em junho, após seis meses seguidos com inflação acima da meta, o BC chegou a divulgar uma carta pública explicando os motivos do desvio.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 16 e 17 de setembro. Até lá, o Banco Central seguirá monitorando os indicadores econômicos e poderá fazer novos ajustes caso o cenário interno ou externo se deteriore.