TechPark de Cabo Verde e a expansão de hubs na África: lições para o Brasil

Tatyane Estevão

Analista de planejamento

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O mercado de tecnologia e inovação na África vem ganhando força e atenção internacional. Um exemplo recente é o lançamento do TechPark de Cabo Verde, um projeto ambicioso que posiciona o país como novo polo tecnológico no continente. Mais do que abrigar startups e empresas de tecnologia, o espaço foi criado com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento digital da região e atrair investimentos estrangeiros.

O movimento acompanha a expansão de hubs tecnológicos em países como Nigéria, Quênia e África do Sul — que, juntos, concentram boa parte dos investimentos no setor no continente. A proposta vai além da infraestrutura: envolve políticas públicas de incentivo, parcerias internacionais e foco na capacitação de mão de obra local para atender a uma economia cada vez mais digitalizada.

Para o Brasil, a iniciativa serve de referência. Assim como a África, o país possui grande potencial para descentralizar a inovação e criar hubs tecnológicos fora dos grandes centros tradicionais. Cidades médias e regiões com acesso a infraestrutura básica e mão de obra qualificada podem se beneficiar de projetos semelhantes, gerando emprego, atraindo empresas e diversificando as economias locais.

Especialistas apontam que, além de investimento em tecnologia, é essencial garantir conectividade, segurança jurídica e incentivos fiscais para viabilizar ecossistemas regionais de inovação. 

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