Minha Casa, Minha Vida: as atualizações mais recentes e o que elas significam para o mercado

Tatyane Estevão
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O programa Minha Casa, Minha Vida passou por importantes atualizações desde seu relançamento, e essas mudanças vêm mexendo com o mercado imobiliário, especialmente no segmento de imóveis econômicos e usados. Para quem atua na intermediação de vendas e locações, é hora de entender como isso impacta os negócios.
Entre as novidades estão o aumento no valor máximo dos imóveis que podem ser financiados dentro do programa, além da ampliação da faixa de renda e da possibilidade de utilização para compra de imóveis usados — uma medida que, nos últimos meses, aqueceu um setor antes mais parado. Em muitas cidades, o estoque de usados aptos a se enquadrar no programa ficou escasso, o que elevou os preços.
Alta nos usados do MCMV: oportunidade ou desafio?
Segundo dados de mercado e levantamentos de associações locais, os imóveis usados dentro dos critérios do Minha Casa, Minha Vida tiveram alta média de 7% a 12% no primeiro semestre de 2025, principalmente em regiões metropolitanas e cidades de médio porte. Isso ocorre porque, com as novas regras, compradores de primeira moradia estão recorrendo mais aos usados, onde há menor tempo de espera para entrega e possibilidade de negociação direta.
Para donos de imobiliárias, essa movimentação abre espaço para expandir captação de imóveis usados compatíveis com o programa e rever tabelas de avaliação. Já para as corretoras de seguros imobiliários, a ampliação do mercado de usados financiados tende a aumentar a procura por produtos como seguro habitacional e seguro-fiança para locação, sobretudo em áreas de alta demanda popular.
O movimento também pode pressionar a precificação de novos empreendimentos econômicos, que agora competem diretamente com o mercado de usados reformados e bem localizados. A recomendação é acompanhar de perto os novos parâmetros do programa, ajustar o discurso comercial e mapear oportunidades de imóveis elegíveis no portfólio.
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