Inadimplência do aluguel fecha 2025 em leve queda, mas segue no radar

Tatyane Estevão

Analista de planejamento

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A inadimplência no aluguel residencial terminou 2025 com uma pequena melhora. De acordo com o Índice de Inadimplência de Aluguéis (IIA), da Loft, 5,8% dos contratos tinham atraso acima de 15 dias em dezembro, abaixo dos 6,2% de outubro e novembro e do pico de 6,8% em setembro. Não é uma virada de jogo, mas já é um alívio para as carteiras de locação.

A redução foi relativamente espalhada pelo país. No Sudeste, o índice caiu de 6,1% para 5,8%. No Sul, de 6,1% para 5,6%. Norte, Nordeste e Centro-Oeste recuaram de 7,0% para 6,6%. Entre os estados, Minas Gerais ainda lidera a inadimplência, com 6,3%, enquanto o Rio de Janeiro segue com a menor taxa, perto de 4,5%. São Paulo fechou o ano alinhado à média nacional, também em 5,8%.

As causas seguem muito ligadas ao aperto no bolso. A pesquisa aponta perda ou redução de renda como principal motivo dos atrasos, respondendo por 42% dos casos, seguida de gastos imprevistos (27%) e despesas fixas altas (23%). Ou seja, o problema está mais na fragilidade do orçamento do inquilino do que em má fé.

Para 2026, o recado é de cautela. A inadimplência acompanha de perto o humor da economia. Se emprego e renda se mantiverem minimamente estáveis e os juros começarem a ceder, a tendência é de queda gradual. O IIA usa dados de cerca de 500 mil contratos de Fiança Aluguel e é um bom termômetro para imobiliárias e corretores ajustarem análise de risco, garantias e estratégias de cobrança ao longo do ano.

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