Aluguel consignado: o que vem por aí para o mercado de locação

Tatyane Estevão

Analista de planejamento

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Depois de mais de dez anos de discussão, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto que cria o aluguel consignado. Na prática, ele permite que o valor do aluguel residencial seja descontado direto da folha de pagamento. O texto foi aprovado na CCJ e agora segue para o Senado.

Pelo projeto, servidores públicos, trabalhadores CLT e, em versões apensadas, aposentados e pensionistas do INSS poderão autorizar o desconto de até 25% do salário líquido para pagar aluguel e encargos, desde que o total de consignações voluntárias não passe de 50% da renda. O desconto só é interrompido com a rescisão do contrato de locação ou, no caso de empregados CLT, com pedido de cancelamento informado com antecedência.

Para o mercado imobiliário, a expectativa é de que o modelo amplie a base de inquilinos, principalmente entre quem hoje é barrado por falta de fiador ou dificuldade em comprovar segurança de pagamento. Do lado do locador, o recebimento via consignação tende a reduzir risco de inadimplência e dar mais previsibilidade ao fluxo de caixa das imobiliárias e proprietários.

Se for confirmado pelo Senado sem grandes mudanças, o aluguel consignado tem tudo para se tornar uma nova ferramenta na locação residencial, combinando menos burocracia para o inquilino e mais segurança para o mercado.

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