Volta ao escritório ganha força e o aluguel comercial acompanha

Tatyane Estevão

Analista de planejamento

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A discussão sobre home office x presencial voltou com tudo. O Nubank decidiu exigir ida ao escritório em 2026 por 2 dias na semana e em 2027 por 3 dias, o que gerou manifesto interno e reacendeu o debate. Outras empresas também apertaram o híbrido: a XP ampliou a estrutura presencial e, entre gigantes globais como Amazon, Apple, Microsoft e Nike, o movimento é semelhante. Hoje, a maioria das grandes companhias já tem política formal de retorno.

No mercado, esse vaivém aparece nos números. Em setembro de 2025, o FipeZAP Comercial mostrou que os aluguéis de salas e conjuntos até 200 m² subiram 0,77% no mês, 7,08% no ano e 8,65% em 12 meses, acima do IPCA. As vendas avançaram de forma mais moderada, com alta de 0,10% no mês e 2,31% no ano. Em praças como São Paulo, relatórios do 3º tri indicam vacância em queda, absorção positiva e preços de aluguel em leve alta nos eixos consolidados.

Para o mercado imobiliário, isso significa mais procura por escritórios bem localizados, com fácil acesso ao transporte e prédios cheios de amenities que incentivem a colaboração. Imóveis prontos para uso, que exigem menos investimento inicial e menos tempo de adaptação, ganham vantagem nas negociações.

Para proprietários, o cenário abre espaço para reajustes graduais de aluguel e contratos mais flexíveis, combinando área fixa com espaços sob demanda, enquanto imobiliárias e corretores encontram um terreno mais favorável para recolocação de lajes e retrofit de prédios antigos.

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