O bairro que trocou cimento por natureza na Croácia

Em Zagreb, capital da Croácia, um bairro inteiro resolveu mudar de cara – e de futuro. Gornja Dubrava, com cerca de 58 mil moradores, decidiu dizer “menos cimento, mais natureza” e virou vitrine internacional de urbanismo sustentável. O novo plano da região apostou em paisagens mais abertas, menos prédios e mais espaços para viver a cidade: áreas que antes eram voltadas a comércio ou ocupadas por estruturas de concreto estão sendo transformadas em parques, praças e áreas de lazer. No entorno do Centro Cultural Dubrava, por exemplo, mais de 13 mil metros quadrados antes usados para atividades econômicas viraram espaço público para convívio, descanso e brincadeira.
As regras de construção também mudaram o jogo. Agora, os edifícios só podem ter até três apartamentos, o que segura a verticalização e favorece moradias mais familiares. A exigência mínima de terreno natural passou de 20% para 30%, e bairros modernistas da região, como Klaka, Studentski Grad e Poljanice, ganharam proteção para garantir que o verde continue fazendo parte da paisagem. Resultado: Gornja Dubrava trocou o cinza pelo verde – e, junto com isso, ganhou em qualidade de vida, sensação de bairro e um lugar de destaque no mapa das cidades que estão repensando o jeito de crescer.

Não é só meme: Geração Z quer mesmo comprar imóvel nos próximos anos

O desejo de comprar um imóvel continua alto no país. De acordo com estudo da Brain, 48% dos brasileiros pretendem adquirir um imóvel nos próximos 24 meses. E quem está puxando essa fila são as gerações mais jovens.
Entre os mais novos, o apetite é ainda maior:
• Geração Z (21–28 anos): 61% querem comprar um imóvel
• Geração Y (29–44 anos): 51% planejam a compra
A intenção de compra aparece em todas as faixas de renda, inclusive acima de R$ 10 mil, mostrando que o interesse pela casa própria continua forte tanto como moradia quanto como forma de investimento.
Do outro lado, os obstáculos são conhecidos: entrada alta, parcela que não cabe no bolso e dificuldade de aprovação no banco ainda travam muitos negócios. A expectativa é que, com um cenário de queda de juros a partir de 2026, parte dessa demanda que hoje está só no plano das ideias finalmente avance para o contrato assinado.

Apartamentos “para hospedagem” perdem força em São Paulo

Os apartamentos feitos para locação de curta duração, os famosos NRs (não residenciais), perderam espaço nos lançamentos em São Paulo.
De acordo com a Brain, foram lançadas 16,6 mil unidades desse tipo nos últimos anos, mas o ritmo despencou: em 2021, eram mais de 3 mil unidades; em 2025, até outubro, apenas 540.
Por que os NRs sumiram dos lançamentos?
Alguns pontos explicam a virada:
• Fim dos benefícios na lei: até 2024, NRs permitiam construir até 20% a mais de área sem pagar outorga onerosa, o que deixava o projeto mais barato e rentável. Com o novo Plano Diretor e a revisão da Lei de Zoneamento, o incentivo acabou e a área extra passou a ser paga.
• Juros mais altos: renda fixa ficou mais atrativa e a conta da rentabilidade de imóveis para renda deixou de ser tão vantajosa.
• Incerteza regulatória: cresce o debate sobre regras para locação de curta temporada, o que deixa incorporador e investidor mais cautelosos.
• Pressão de fiscalização: a CPI da HIS e o medo de desvirtuar o uso previsto em lei também ajudaram a reduzir o apetite por esse tipo de produto.
E o mercado se reposiciona
Em vez de NRs para hospedagem, muitas incorporadoras passaram a apostar em:
• apartamentos compactos residenciais, que acabam indo para locação;
• uso do conceito NR em salas comerciais, lajes corporativas ou pequenos malls no térreo.
Bairros como Vila Mariana, Butantã, Pinheiros, Vila Clementino e Perdizes lideraram os lançamentos de NRs desde 2021, mas hoje estão vendo esse modelo encolher.
No fim, o recado é claro: o “boom” dos NRs de hospedagem deu lugar a um mercado mais seletivo, com menos produto para curta temporada e mais espaço para residencial compacto, uso comercial bem definido e projetos focados em moradia de longo prazo.

Travis Kelce e Taylor Swift planejam dizer “sim” em mansão de US$ 18 milhões à beira-mar

O dia do “sim” de Taylor Swift e Travis Kelce ainda não tem data revelada, mas um detalhe já chamou a atenção: onde tudo deve acontecer.
Segundo sites de celebridades, o casal quer se casar na mansão à beira-mar da cantora em Rhode Island, no nordeste dos Estados Unidos, uma casa avaliada em cerca de US$ 18 milhões (quase R$ 100 milhões).

Taylor quer transformar o jardim da propriedade especialmente para o casamento. A ideia é começar meses antes a plantação das flores favoritas dela e criar um cenário totalmente romântico. O casal estaria disposto a investir cerca de US$ 1,2 milhão (algo em torno de R$ 6,5 milhões) só nessa preparação: paisagismo, jardineiros, especialistas e um reforço pesado de segurança para manter tudo longe de paparazzi e curiosos.
Entre as flores cotadas para o grande dia estão rosas vermelhas, orquídeas, hortênsias e peônias.

A lista de envolvidas também é bem estrelada. Amigas próximas, como Gigi Hadid e Selena Gomez, teriam sido convidadas para serem madrinhas, e as mães de Taylor e Travis estariam ajudando diretamente na organização. A festa não deve ser só uma noite: a ideia é fazer uma celebração de fim de semana inteiro, de sexta a domingo, em clima de retiro à beira-mar.

E não para por aí. O plano do casal inclui uma série de mini-viagens de despedida de solteira para lugares queridos por Taylor, como Nova York, Nashville, Bahamas e Itália. Existe até a possibilidade de os dois comprarem uma casa em Lake Como, na região da Lombardia, para realizar uma segunda cerimônia por lá.

Se tudo isso se confirmar, o casamento de Taylor Swift promete ser menos “evento” e mais série em temporadas: mansão cinematográfica, jardins milionários, amigas famosas e um tour romântico pelo mapa.

Fundação Itaú garante um dos últimos terrenos vagos da Avenida Paulista

A Fundação Itaú acaba de garantir um endereço para lá de estratégico em São Paulo. A instituição, que é o braço de cultura e educação do banco, comprou um dos últimos terrenos ainda vazios da Avenida Paulista, bem na esquina com a Rua Pamplona, ao lado do prédio da Fiesp.
De acordo com o registro em cartório, o negócio saiu por R$ 49 milhões. O terreno pertencia a um fundo ligado ao BTG Pactual, que assumiu a área em 2019, quando comprou o fundo Top Center II. As conversas com a Fundação Itaú começaram no início deste ano e o compromisso de compra foi firmado em abril, passando por alguns aditivos até a conclusão definitiva da operação.
Até pouco tempo atrás, o espaço era ocupado por uma farmácia e um estacionamento, uso típico de um terreno super bem localizado à espera de um projeto maior. Agora, o lote já está cercado por tapumes e equipes trabalham na limpeza e preparação do local. A Fundação ainda não divulgou oficialmente o que pretende construir ali.
A novidade reforça a presença do Itaú na Paulista, onde a instituição já mantém o Itaú Cultural e o Espaço Olavo Setúbal, que abriga parte do acervo de arte moderna do banco. A avenida, que já concentra ícones como Masp, Sesc Paulista, IMS e Belas Artes, ganha mais um capítulo nessa vocação cultural.
Do ponto de vista imobiliário, o movimento é simbólico: trata-se de um terreno raro em uma das regiões mais valorizadas do país, comprado por um player com histórico de investir em equipamentos culturais e espaços abertos ao público. O projeto que vier ali na próxima fase tem potencial para impactar fluxo de pessoas, comércio e percepção de valor em todo o entorno.

Boom de lançamentos x freio nas vendas: como fica o jogo dos apartamentos em 2025?

O mercado imobiliário fechou o 3º trimestre de 2025 com um cenário misto: mais lançamentos, menos vendas e estoque maior.
De julho a setembro, foram lançados 108,8 mil apartamentos residenciais no país, um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da CBIC em parceria com a Brain.
Do outro lado, as vendas caíram 6,5%, somando 101,3 mil unidades em 221 cidades acompanhadas pelo estudo. Com mais produto entrando do que saindo, o estoque chegou a 312,5 mil unidades, alta de 3,3% em 12 meses, considerando imóveis na planta, em obras ou recém-entregues.
Na prática, isso significa que, se ninguém lançasse mais nada hoje, o volume disponível seria suficiente para aproximadamente nove meses de vendas, usando a média dos últimos 12 meses. No trimestre anterior, essa “folga” era de oito meses.
Mesmo assim, o ano ainda é de saldo positivo.
De janeiro a setembro, os lançamentos somaram 307,3 mil unidades, crescimento de 8,4% frente a 2024. As vendas acumuladas também avançaram, com alta de 5%, chegando a 312,2 mil unidades no período.
Em valores, o movimento é ainda mais forte:
• os lançamentos já somam cerca de R$ 199 bilhões no ano, alta de 22,9%;
• as vendas movimentaram R$ 188,7 bilhões, crescimento de 13,2%;
• o ticket médio das unidades vendidas subiu 4,4%, alcançando R$ 199 mil.
Para quem atua no mercado, o recado é claro:
há mais produto na prateleira, as vendas seguem em bom nível no acumulado do ano e o estoque um pouco mais alto pode abrir espaço para negociação, campanhas e ajustes de estratégia nos próximos meses.

Estádio no céu? O “Sky Stadium” da Arábia Saudita que virou assunto na internet

Viralizou um vídeo conceitual feito por Inteligência Artificial mostrando o NEOM Sky Stadium, um estádio suspenso na Arábia Saudita a 350 metros de altura, no topo de um arranha-céu, com vista para o deserto e capacidade para 46 mil pessoas. A ideia faz parte do imaginário futurista do megaprojeto NEOM, que promete cidades high-tech e até 15 arenas moderninhas antes da Copa do Mundo de 2034.
Por enquanto, porém, tudo indica que o vídeo é mais fantasia digital do que projeto oficial: nem o governo saudita nem o comitê da Copa confirmaram a arena nos céus.
Fato é que o Sky Stadium já cumpriu seu papel: virou entretenimento, pauta de curiosidades e combustível para debates sobre até onde a arquitetura, a tecnologia e a imaginação podem ir. Se um dia vamos ver um jogo a 350 metros de altura, ninguém sabe. Mas que a internet adorou a ideia, isso não resta dúvida.

Quase metade dos inquilinos planeja se mudar em breve, mostra pesquisa

A vida em imóvel alugado está longe de ser definitiva para muitos brasileiros. A pesquisa “Raio-X do aluguel no Brasil”, mostrou que 41% dos inquilinos pretendem trocar de imóvel nos próximos meses. A pesquisa ouviu 1.300 pessoas em todo o país, entre 26 de setembro e 6 de outubro de 2025.
O desejo de mudança aparece com mais força entre os jovens de 18 a 24 anos, faixa em que o índice chega a 47%. Já entre quem tem 45 anos ou mais, a intenção de se mudar cai para 37%, indicando um perfil mais focado em estabilidade e permanência no mesmo endereço.
Quando o assunto é o motivo da mudança, dois fatores se destacam:
• Busca por mais espaço: é a razão principal para 20% dos entrevistados, com maior peso entre as mulheres, das quais 25% apontaram esse motivo, contra 14% dos homens. Essa diferença pode estar ligada à composição familiar, já que 57% das mulheres disseram morar com filhos, ante 45% dos homens.
• Valor do aluguel: aparece em segundo lugar, mencionado por 14% dos participantes, empatado com a busca por bairros mais tranquilos, também citada por 14%.
Entre os inquilinos que planejam se mudar, o recorte financeiro é bem claro:
• 43% querem um imóvel mais barato
• 48% pretendem permanecer na mesma faixa de preço
• 9% estão dispostos a pagar mais para encontrar um lugar que se encaixe melhor no que procuram.
A pesquisa foi realizada online com pessoas de 18 anos ou mais, em todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com 95% de confiança.
Para o mercado imobiliário, os dados reforçam que o inquilino está mais sensível a preço e qualidade de moradia, e que há um grupo relevante disposto a trocar de imóvel em busca de mais espaço, melhor localização e custo-benefício — um cenário que abre oportunidade para imobiliárias, corretores e proprietários atentos a esses ajustes de perfil.

Volta ao escritório ganha força e o aluguel comercial acompanha

A discussão sobre home office x presencial voltou com tudo. O Nubank decidiu exigir ida ao escritório em 2026 por 2 dias na semana e em 2027 por 3 dias, o que gerou manifesto interno e reacendeu o debate. Outras empresas também apertaram o híbrido: a XP ampliou a estrutura presencial e, entre gigantes globais como Amazon, Apple, Microsoft e Nike, o movimento é semelhante. Hoje, a maioria das grandes companhias já tem política formal de retorno.
No mercado, esse vaivém aparece nos números. Em setembro de 2025, o FipeZAP Comercial mostrou que os aluguéis de salas e conjuntos até 200 m² subiram 0,77% no mês, 7,08% no ano e 8,65% em 12 meses, acima do IPCA. As vendas avançaram de forma mais moderada, com alta de 0,10% no mês e 2,31% no ano. Em praças como São Paulo, relatórios do 3º tri indicam vacância em queda, absorção positiva e preços de aluguel em leve alta nos eixos consolidados.
Para o mercado imobiliário, isso significa mais procura por escritórios bem localizados, com fácil acesso ao transporte e prédios cheios de amenities que incentivem a colaboração. Imóveis prontos para uso, que exigem menos investimento inicial e menos tempo de adaptação, ganham vantagem nas negociações. Para proprietários, o cenário abre espaço para reajustes graduais de aluguel e contratos mais flexíveis, combinando área fixa com espaços sob demanda, enquanto imobiliárias e corretores encontram um terreno mais favorável para recolocação de lajes e retrofit de prédios antigos.

Nápoles subterrânea: a estação de Anish Kapoor como portal entre arte e cidade

Em Nápoles, uma simples troca de metrô virou experiência sensorial. A recém-inaugurada Monte Sant’Angelo, assinada por Anish Kapoor (o artista do Cloud Gate em Chicago), mistura obra pública com obra de arte e dá um banho de arquitetura, mito e cidade.
Foram mais de 20 anos de trabalho para redesenhar a área de Traiano, e o resultado não é uma estação “bonita”; é um túnel-galeria que parece respirar. São dois acessos que conversam entre si:
• de um lado, voltado à universidade, um volume de aço patinável emerge do chão como escultura;
• do outro, no Traiano, um acesso limpo e tubular faz o contraponto minimalista.
Lá embaixo, a parceria com Jan Kaplický e Amanda Levete (Future Systems) manteve o bruto à mostra: texturas, curvas e passagens que lembram vulcões, cavernas e eco. Kapoor queria que o visitante sentisse que está “na cidade do Vesúvio, à porta do Inferno de Dante” e a sensação é exatamente essa: caminhar por um corpo geológico que pulsa.
A Monte Sant’Angelo não é só um ponto de embarque; é um ato de descida. Descer à plataforma vira ritual, onde arquitetura vira metáfora e a cidade reaprende a olhar o próprio subsolo. Em Nápoles, o metrô não te leva apenas ao destino, leva a um lugar de imaginação.

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